Batalha judicial entre LPV e Entrel ameaça a realização do show do Guns N’ Roses na Arena Pantanal, em Cuiabá, enquanto contratos e pagamentos estão contestados
O aguardado show do Guns N’ Roses em Cuiabá (MT), marcado para 31 de outubro na Arena Pantanal, está no centro de uma disputa judicial que pode comprometer sua realização. A contenda envolve as empresas LPV Business e Entrel Entretenimento, que brigam na Justiça sobre quem detém efetivamente os direitos de produção do evento.
A LPV Business, responsável por parte da operação e captação de investimentos, afirma ter pago R$ 500 mil à Entrel como adiantamento contratual, enquanto aguardava a apresentação de documentos que comprovassem a cessão da data, o contrato com a banda e o acordo com a plataforma Bilheteria Digital. Esses papéis, segundo a LPV, nunca foram entregues, e a Entrel teria exigido mais R$ 4,3 milhões, ameaçando cancelar o show caso não houvesse pagamento.
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Diante do impasse, a LPV acionou a Justiça, pedindo tutela de urgência para suspender pagamentos e obrigar a Entrel a apresentar os contratos. O caso tramita na 11ª Vara Cível de Goiânia (GO), sob a responsabilidade da juíza Luciana Monteiro Amaral, que já deferiu decisão favorável à LPV.
Em 25 de agosto, a magistrada reconheceu indícios de irregularidade na conduta da Entrel e determinou que a empresa apresentasse, em até dez dias, o contrato com o Guns N’ Roses, o documento que comprove a cessão da data na Arena Pantanal e o contrato com a Bilheteria Digital. Até que os papéis sejam entregues, a LPV está desobrigada de efetuar novos pagamentos. A juíza ressaltou que o risco de prejuízo é elevado, já que os ingressos estão sendo vendidos e a logística do evento segue em andamento.
Empresa fechou contrato com terceiros
O caso ganhou novos contornos quando a Entrel admitiu ter firmado parceria com terceiros para a realização do show, mesmo sem rescindir formalmente o contrato com a LPV. A empresa afirma que a parceria anterior teria sido rescindida em maio, versão não reconhecida pela Justiça. Fontes próximas apontam que o novo parceiro seria Élcio Ramos, identificado como representante político local. Para a LPV, a manobra representa quebra de boa-fé e traição contratual.
Em nota, a LPV Business reafirmou que segue mobilizada para garantir a realização segura e transparente do evento, preservando direitos de consumidores, fornecedores e patrocinadores: “Nosso compromisso é com a legalidade, a boa-fé e o público que aguarda o show”.
Com a decisão judicial em vigor, o futuro do show do Guns N’ Roses em Cuiabá permanece incerto. Caso a Entrel não apresente os documentos exigidos, a produção pode ser paralisada ou substituída judicialmente, gerando apreensão entre fãs e investidores do evento.


