A atleta paralímpica Carol Basilio de Moraes esteve na Feijoada do Camarote do King Rio, no último sábado (1º/11), e conversou com Monique Arruda, do portal LeoDias, sobre a presença de pessoas com deficiência nos eventos de Carnaval. Ela também falou de se reinventar após perder as duas pernas em um atropelamento.
“A gente tem reinventado os espaços para que a festa mais democrática do mundo seja também mais inclusiva. Eu acho que pessoa com deficiência, o lugar que ela precisa estar é qualquer lugar que ela queira estar. E o King vem fazendo essas possibilidades acontecerem através dos meus projetos. Eu tô muito feliz de estar vendo isso, na prática”, iniciou.
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Para ela, o Carnaval não é palco apenas para famosos ou pessoas da comunidade, e sim um espaço que acolhe a todos: “Tem uma grande diferença entre vender ingresso e proporcionar momentos. Eu acho que pessoas precisam de proporções de momentos. A pessoa com deficiência também tem uma vida ativa. A gente vem para provar que o espaço ele é acessível, é democrático e tá pronto para receber qualquer tipo de pessoa.”
Carol foi capitã da Seleção Brasileira de Futebol Feminino, jogou com a Marta, mas sofreu um acidente que mudou sua vida. “Eu saí de casa e voltei 28 dias depois com esse presente. Podia ser diferente… fui atropelada por um motorista que avançou o sinal vermelho, alcoolizado, a 120 km/h.”
“Transformou, impactou a minha vida sem que eu tivesse feito nada para que isso acontecesse. A priori foi um impacto, mas agora a gente vem transformando isso em soluções para que outras pessoas possam ter a mesma oportunidade que eu tive”, continuou.
Ela era atleta profissional, perdeu as pernas e se reinventou. Agora, trabalha para ajudar pessoas com deficiência e é atleta paralímpica também:
“Já são várias modalidades, sou campeã mundial de halterofilismo para mulheres até 42 anos. Eu venho me reinventando e eu acho que esse projeto na prática traz muita esperança para seguir adiante. E só em ver pessoas com deficiência ocupando esses espaços, valeu a pena.”

