Capital peruana vive lentidão extrema, reforço de segurança e rotina alterada horas antes da final entre Palmeiras e Flamengo
Lima vive um sábado de trânsito congestionado, deslocamentos lentos e mobilização completa para a final da Libertadores entre Palmeiras e Flamengo. A cidade recebeu fluxo intenso de torcedores desde o início da semana e, horas antes da decisão, o impacto na locomoção se tornou um dos principais desafios para quem tenta chegar ao Estádio Monumental.
Durante a tarde deste sábado (29/11), a equipe do Paparazzo Rubro-Negro cronometrando o trajeto registrou quase duas horas de deslocamento, mesmo em percursos curtos. O cenário confirma a percepção das delegações, da imprensa e dos próprios torcedores: o trânsito se tornou o maior obstáculo logístico da final.
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Trânsito que redefine horários
O tráfego lento se espalha por praticamente todas as regiões da capital peruana. O uso constante de buzinas, filas extensas em avenidas centrais e a ausência de sinalização adequada, especialmente semáforos e placas, tornam qualquer deslocamento imprevisível. Em Lima, trajetos de cerca de 5 km podem levar entre 45 e 60 minutos mesmo fora do pico, situação agravada pelo movimento gerado pelo jogo.
A extensão da cidade, maior que São Paulo e Rio de Janeiro, amplia o problema. Pontos oficiais da Conmebol ficam distantes entre si, e a combinação de volume de carros, obras e sinalização irregular deixa a circulação ainda mais lenta.
Segurança reforçada e movimentos controlados
A polícia local organiza escoltas para as delegações de Palmeiras e Flamengo, adotando rotas exclusivas para evitar atrasos e cruzamentos entre torcedores. Nas áreas com concentração de brasileiros, o policiamento é visível e pouco ostensivo, com revistas reforçadas em locais como a fan fest.
Fora das zonas centrais e dos perímetros definidos pela Conmebol, porém, a presença policial diminui. Torcedores relatam grandes diferenças na sensação de segurança entre bairros turísticos e regiões mais afastadas. A orientação das autoridades locais é que visitantes evitem deslocamentos noturnos fora dos polos movimentados.
Furtos e ocorrências isoladas
O bairro de Barranco, reduto palmeirense antes da final, registrou furtos durante momentos de aglomeração. Torcedores relataram perda de carteiras, eletrônicos e itens pessoais. Segundo a Polícia Nacional do Peru, quase 60 mil casos de roubo comum foram registrados em 2024 na região metropolitana. A recomendação oficial para turistas é registrar boletim de ocorrência, embora a recuperação de bens seja rara.
Cidade tomada por torcedores
A presença crescente de brasileiros é percebida em restaurantes, mercados, áreas comerciais e pontos turísticos. Aviões vindos do Brasil chegam lotados desde quinta-feira (27/11) e intensificam a movimentação nas zonas de Miraflores, San Isidro e Barranco, onde há concentração maior de palmeirenses e flamenguistas.
Mesmo com o histórico recente de instabilidade política, a capital vive dias de normalidade. Não há registros de conflitos urbanos ou protestos, e o ambiente geral é de expectativa pela decisão. A cidade está repleta de cartazes, painéis e adereços alusivos à Libertadores.
Transporte público irregular e alternativas improvisadas
A mobilidade urbana em Lima enfrenta problemas estruturais que se somam ao caos pré-jogo. Muitos veículos circulam irregularmente, situação que levou a mais de 4.400 autuações apenas no início de 2024. A frota informal, somada ao trânsito pesado, gera críticas da população.
Para se deslocarem, torcedores recorrem a carros de aplicativo, ônibus locais, transportes alternativos e até patinetes elétricos. A topografia plana da cidade facilita esse último tipo de transporte, embora ele não seja suficiente para trajetos longos.
Expectativa crescente antes da bola rolar
Com a final marcada para as 18h (horário de Brasília), Lima convive com uma movimentação crescente e com um trânsito que deve permanecer lento até o início da noite. A chegada constante de torcedores e a distância entre regiões tornam a programação dos visitantes uma tarefa que exige planejamento.
A decisão entre Palmeiras e Flamengo altera a dinâmica da cidade e transforma o deslocamento em um desafio próprio da final. Com trânsito intenso, presença policial seletiva e grande volume de turistas, Lima recebe o jogo com mobilização total, expectativa alta e impacto direto na rotina de moradores e visitantes.
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