Apresentadora achou importante destacar que não guarda rancor da plataforma de streaming
“Meu Ayrton, por Adriane Galisteu” é a série sobre um dos melhores pilotos de Fórmula 1 contada com a visão de Adriane, que foi sua namorada por mais de um ano, até a morte do atleta. Em entrevista à Mônica Apor, do portal LeoDias, no evento de lançamento da produção da HBO Max, a apresentadora negou que o trabalho tenha sido uma cutucada para a obra da Netflix, que não a inseriu no intitulado “Senna”, lançado nos últimos meses.
A contratada da Record negou que a série tenha sido uma resposta à minissérie: “Não, de jeito nenhum. Eu lá sou mulher de dar resposta? Se tem uma coisa que eu não queria com essa série é trazer exatamente essa questão. Ainda bem que você me perguntou, porque eu vou ter a chance aqui de te responder. Não é uma resposta, não é para criar nenhum tipo de polêmica com ninguém, é apenas a minha história. E a minha história, ela é cheia de confusão, sim.”
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“Eu não preciso fazer esforço, não. Ela [a série] é assim, sim. Só que é a minha história, gostem ou não… E eu resolvi contar para a HBO, porque a HBO topou contar como ela é, sem criar essa polêmica. Porque eu não queria que isso existisse. Eu não! Acho que o Ayrton não merece que o nome dele esteja envolvido com coisas que não sejam incríveis, porque ele foi um ser humano incrível fora das pistas, que as pessoas vão conhecer agora, porque todo mundo sabe da genialidade dele como piloto, mas tá na hora das pessoas saberem que ele era também muito maravilhoso fora das pistas”, explicou.
Ela continuou a elogiar o piloto que morreu em 1994, em um acidente: “Eu falei, poxa, qualquer coisa que não seja legal, esbarra na imagem de um homem que foi tão sensacional e que não merece. O meu cuidado e todo o meu respeito é pela história dele. Essa é a minha história pequenininha, perto do tamanho do Ayrton. Essa história é apenas mais uma versão dele, e que merece ser contada”.
A famosa revelou que optou por deixar de fora algumas coisas que ouviu, viu, e que não viveu: “Não me cabe”, disse. Sobre reviver toda a história novamente, após 30 anos, ela desabafou:
“Não foi bom. Foi muito difícil. Eu dei trabalho para eles. Porque eu fiquei incomodada, eu fiquei brava. Fiquei angustiada, falava: ‘Não quero mais’, desisti várias vezes. Falei: ‘Pra que eu vou fazer isso, não vai mudar minha vida, eu não quero fazer’. Aí o meu marido falava pra mim: ‘Pensa no Vittorio [filho do casal]’. Que história que ele vai saber sua?’”
O marido dela, Alexandre Iodice, foi peça-chave para que ela não desistisse de vez do projeto: “‘Que história ele vai saber da mãe dele, só que você vai contar para ele em quatro paredes, mas ele, e o que os amigos vão contar pra ele? Ele vai vir te questionar’. E aí eu falei: ‘Poxa, o Alê foi o maior entusiasta para eu contar, porque ele achava – e acho que ele tem razão -que a hora tinha que ser agora.’”
“E tinha que ser esse ano ainda. Não que essa história vai perpetuar. Não tenho dúvida, mas, aos poucos, as histórias vão desaparecendo, infelizmente. As pessoas que não estão mais aqui – apesar de eu achar que a família faz um trabalho brilhante com a imagem dele, e faz mesmo -, eu acho que ninguém vai deixar o Ayrton morrer”, finalizou.


