Fátima Lo relata provocações no júri, critica duramente a narrativa da defesa do policial que matou o atleta e afirma que seguirá lutando por Justiça
Fátima Lo, mãe do campeão mundial de jiu-jitsu Leandro Lo, assassinado em 2022, usou as redes sociais neste sábado (15/11) para desabafar após a absolvição do policial militar Henrique Otávio Oliveira Velozo, acusado de matar o lutador. A decisão, tomada após três dias de julgamento, considerou que o PM agiu em legítima defesa, tese defendida por sua defesa. Velozo foi libertado logo após o veredito.
Em um vídeo publicado nas redes, Fátima afirmou que a família foi humilhada durante todo o julgamento, realizado no Fórum da Barra Funda, em São Paulo: “Foi impunidade. Ontem enterrei meu filho pela segunda vez. Esse é o sentimento. Foi uma tristeza tão grande, porque a gente foi tão humilhado lá. Tão massacrado pela defesa, aquele advogado e a bancada dele. Eles o tempo todo nos provocavam e humilhavam. E a gente não podia falar nada, se manifestar. Eu passei mal! Amanda também”, relatou, emocionada.
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A mãe do lutador também acusou a defesa do PM de apresentar versões falsas e manipuladas: “O réu pode mentir. A Justiça deixa ele mentir. Ele mentiu muito, inventou a história dele, orientado pela defesa. Inventaram uma história, uns slides falsos… Que o Leandro deu mata-leão nele, Ezequiel, que só com kimono é possível dar. Foi inventado tudo isso. E o exame de corpo de delito dele não constatou nada, nenhum arranhão. Já ele matou, chutou, depois foi para o bordel e para o motel. E isso é legítima defesa…”, disparou.
O crime ocorreu em 7 de agosto de 2022, durante um show no Clube Sírio, em Indianópolis, Zona Sul de São Paulo. Leandro Lo foi baleado na cabeça após uma discussão. O policial se entregou à Corregedoria dias depois e permaneceu preso desde então no Presídio Militar Romão Gomes. Fátima Lo agradeceu à equipe jurídica da família e reforçou que continuará lutando por Justiça, afirmando que recorrerá da decisão.

