Se todos os jogos da seleção brasileira fossem contra Coreia e Chile, que sonho seria. Tem problemas? Chama o freguês! A Coreia apanhou do Brasil pela oitava vez em nove jogos, são várias goleadas e, nesta sexta, veio mais uma: 5 a 0 em Seúl. Só que hoje em dia, neste século, podemos dizer, nem mesmo enfrentar as babas tem sido garantia de vitória. O futebol brasileiro não é o mesmo, as razões são muitas e não vêm ao caso agora, então é preciso comemorar um bom amistoso.
Carlo Ancelotti conseguiu dar um passo adiante em sua terceira reunião com a seleção brasileira – serão apenas cinco dobradinhas antes da Copa do Mundo. É uma corrida contra o tempo, então o jogo contra a Coreia é um daqueles avanços bem importantes. E o que deu tão certo? Basicamente, duas coisas precisam ser ressaltas: Rodrygo e a pressão.
A pressão é algo básico do jogo de hoje em dia. Podemos até chamar de commodity. Qualquer time competitivo, forte mesmo, precisa fazer e precisa fazer bem, com os 10 jogadores de linha empenhados em tentar roubar a bola do adversário, cortar linhas de passe e fazê-lo de forma coletiva e coordenada, não de qualquer jeito. A pressão bem feita na Coreia, com participação de todo mundo, vem um dia depois de uma entrevista coletiva em que Ancelotti deixa claro que não busca jogadores interessados em serem “os melhores (do mundo)” e, sim, jogadores interessados em jogar para o time.